Hoje ainda é o dia 29 de um mês de 31 dias. Mas, com a bolsa brasileira prolongando o final de semana graças ao feriado de Sexta-feira Santa, março está oficialmente encerrado para as ações negociadas na B3.

Com isso, já é possível contabilizar também quais foram as maiores altas e quedas do mês. A ponta positiva, por exemplo, ficou com a Embraer (EMBR3): a fabricante de aeronaves subiu mais de 36% no período.

Os papéis foram impulsionados, entre outros fatores, por uma atualização positiva vinda do Morgan Stanley. O banco de investimentos elevou o preço-alvo das ADRs negociadas na Bolsa de Valores de Nova York e elegeu a companhia como sua favorita no setor aeroespacial.

Além disso, a empresa também publicou um balanço do quarto trimestre repleto de altas nos principais indicadores financeiros e operacionais.

O lucro líquido ajustado, por exemplo, cresceu 80% em relação ao mesmo período de 2022, para US$ 77,6 milhões. Considerando o consolidado do ano, entregas da Embraer aumentaram 13% em 2023 — a companhia forneceu 181 aeronaves na comparação com os 160 jatos em 2022.

Confira as maiores altas do Ibovespa em março:

Ticker Empresa Variação
EMBR3 Embraer 36,35%
BRKM5 Braskem 25,48%
RRRP3 3R Petroleum 18,03%
NTCO3 Natura 13,99%
SUZB3 Suzano 13,54%
Fonte: Trading View

Ações do varejo são destaques negativos do mês

Já a ponta negativa do Ibovespa foi ocupada por um trio de ações do varejo brasileiro: Pão de Açúcar (PCAR3), Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3). A maior queda foi a registrada pelos papéis PCAR3, que recuaram 26,55%.

Vale destacar que a empresa finalizou uma oferta de ações milionária nesse mês. O varejista alimentar levantou R$ 704 milhões com o follow-on, quantia que deve reforçar o caixa para o pagamento de dívidas

A operação também serviu para diluir a participação do Casino na companhia. O grupo francês já havia manifestado o interesse de se desfazer da participação no Pão de Açúcar e está em processo de reestruturação na França.

O segundo pior desempenho do mês ficou com a Casas Bahia (BHIA3), que seguiu recuando forte em meio à crise na companhia e o rombo bilionário reportado no último balanço.

O grupo teve um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023. Trata-se de um número mais de quatro vezes pior do que o prejuízo de R$ 163 milhões no último trimestre de 2022.

O Ebitda (sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do trimestre também foi negativo. Ele ficou R$ 163 milhões no vermelho, uma piora de 74% ante um ano antes.

Veja as maiores quedas do Ibovespa no mês

Ticker Empresa Variação
PCAR3 Pão de Açúcar -26,55%
BHIA3 Casas Bahia -25,00%
MGLU3 Magazine Luiza -15,49%
CVCB3 CVC Brasil -13,43%
CMIN3 CSN Mineração -12,69%
Fonte: Trading View

Fonte: SeuDinheiro

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