Em semana de recuperação no mercado acionário, as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registraram uma disparada de mais de 20% nos últimos cinco dias e garantiram a ponta positiva do Ibovespa.

Vale destacar que a performance é muito superior à do próprio índice da bolsa brasileira, que acumulou alta de 1,57% no período.

Além do GPA, outros papéis também conseguiram altas de dos dígitos na semana. Mas o destaque ficou com a volta do Magazine Luiza (MLGU3) ao ranking.

A varejista foi impulsionada pela quitação, no início da semana, de dívidas de curto prazo. A empresa efetuou o pagamento de R$ 2,1 bilhões em notas promissórias que venciam no fim de abril.

Confira as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGO NOME VARSEM
PCAR3 GPA ON 20,65%
CVCB3 CVC ON 13,81%
AZUL4 Azul PN 12,08%
CMIG4 Cemig PN 10,74%
MGLU3 Magazine Luiza ON 8,39%

Já o topo da lista de maiores quedas foi definido pelo mercado de commodities. Com o recuo do petróleo, que acumulou perdas 6% no período, o ‘top 3’ negativo ficou com três das petroleiras da bolsa: PRIO (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3).

CÓDIGO NOME VARSEM
PRIO3 PRIO ON -5,08%
RRRP3 3R Petroleum ON -4,84%
RECV3 PetroReconcavo ON -4,65%
BRFS3 BRF ON -3,44%
PETZ3 Petz ON -3,18%

De volta ao campeão da semana, o noticiário do Pão de Açúcar incluiu duas novidades positivas para a companhia: um acordo para quitar débitos fiscais e a venda de imóveis.

O grupo anunciou na terça-feira (30) um acordo com o governo do Estado de São Paulo para pagar R$ 3,6 bilhões em débitos tributários. A soma corresponde a valores devidos a título de ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços.

O GPA aderiu a um programa de quitação do governo que inclui uma série de benefícios. Entre eles estão descontos de 100% dos juros e 50% da soma do principal e multa, além de pagamento em 120 parcelas mensais corrigidas pela taxa Selic.

Com essas vantagens, a companhia conseguiu uma redução de cerca de 80% do montante bilionário. O passivo resultante ficou em R$ 794 milhões — uma queda de 52% ante o total de contingências de ICMS feitas no quarto trimestre do ano passado.

O Pão de Açúcar optou pela opção de dividir o total em 120 parcelas. O impacto no fluxo de caixa também será mitigado pelo fim, em julho de 2024, de outro parcelamento tributário — este ligado ao Refis Federal. Considerando todos os cálculos, o impacto líquido no resultado é estimado em R$ 261 milhões.

Alguns dias depois, na última quinta-feira (2), a companhia informou ter vendido os imóveis que compõem sua sede em São Paulo. A transação, feita com um comprador não identificado, renderá R$ 218 milhões à empresa.

Vale destacar que uma parte do negócio foi feito no modelo Sale & Leaseback, operação na qual o vendedor aliena o imóvel a um investidor para locá-lo de volta posteriormente.

Ou seja, o Pão de Açúcar permanecerá em sua sede administrativa como locatário. O contrato de aluguel tem prazo inicial de 15 ano e um cap rate, ou taxa de capitalização, de cerca de 9%.

Fonte: SeuDinheiro

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