Se o mercado de criptomoedas rompeu barreiras — com o bitcoin (BTC) superando os US$ 100 mil — graças aos bons ventos que Donald Trump trouxe com ele ao reassumir a Casa Branca, nesta terça-feira (25) ventos contrários trazidos pelo presidente norte-americano derrubam os ativos digitais.
O bitcoin atingiu o valor mais baixo do ano, abaixo dos US$ 88 mil, e arrastou com ele outras criptomoedas como ethereum (ETH), solana (SOL) e XRP (XRP) — que apresentaram quedas significativas na casa dos dois dígitos —
A desvalorização foi desencadeada por declarações de Trump sobre a implementação de tarifas de importação sobre seus principais parceiros comerciais, como Canadá e México, além da limitação de investimentos na China.
A novidade é que as negociações para a suspensão das taxas não deram frutos e, de acordo com o chefe da Casa Branca, elas passam a valer a partir da semana que vem.
O potencial efeito inflacionário da guerra tarifária de Trump pressiona os ativos de risco nesta terça-feira (25). Confira as cotações das principais criptomoedas por volta de 13h15.
Bitcoin além de Trump
Além das questões envolvendo as tarifas de Trump e seus efeitos da economia, a confiança do investidor de criptomoedas foi atingida por fatores internos depois que a indústria foi abalada pelo maior hack da história do setor no último dia 21 de fevereiro, quando a Bybit perdeu mais de US$ 1,4 bilhão.
A volatilidade do mercado que se seguiu levou a US$ 1,3 bilhão em liquidações totais de criptomoedas nas últimas 24 horas, afetando 362.000 traders, de acordo com a CoinGlass — o bitcoin sozinho foi responsável por US$ 523 milhões em liquidações.
Raoul Pal, fundador e CEO da Global Macro Investor, disse que a correção atual se assemelha à estrutura de mercado de 2017 — quando o bitcoin sofreu uma correção de 28% cinco vezes, cada uma durando de dois a três meses.
Vale lembrar que, embora o declínio do bitcoin esteja causando preocupação entre alguns investidores, correções semelhantes têm sido parte do fluxo orgânico do ciclo do mercado de criptomoedas.
*Com informações do Money Times e do Cointelegraph
Fonte: SeuDinheiro