Olá, posso te ajudar?
Pular para o conteúdo

Nem a Shein salva: Coteminas (CTMN4) entra com pedido de recuperação judicial para se proteger de fundo; entenda

A Companhia de Tecidos Norte de Minas, conhecida como Coteminas (CTMN4), informou nesta quarta-feira (8) que entrou com um pedido de recuperação judicial em conjunto com outras empresas do mesmo grupo.

A motivação para o pedido veio da notificação do Odernes Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP Ordenes) contra a holding Springs Global, que inclui a própria Coteminas, a AMMO Varejo e outras varejistas. 

O fundo de investimentos alega que houve um vencimento antecipado das dívidas da AMMO em 30 de maio de 2022.

Em outras palavras, o FIP Ordenes acredita que o grupo não cumpriu com as obrigações relacionadas às debêntures — e que, por isso, a dívida deveria ser paga imediatamente. 

Assim, a Coteminas entrou com o pedido de recuperação judicial com o intuito de proteger seus negócios, tendo em vista que o grupo agora entra em stay period — isto é, momento em que os credores não podem tomar medidas contra a empresa.

  • Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui. 

Vale dizer que a Coteminas não está no melhor momento de sua história. As ações caem 30% desde o início do ano, tendo uma desvalorização acumulada de 50% nos últimos 12 meses.

A expectativa é de que a recuperação judicial também ajude na reestruturação da dívida, que soma R$ 1,10 bilhão — em uma empresa cujo valor de mercado é da ordem de R$ 138,91 milhões, de acordo com o mais recente balanço.

A empresa de fios e tecidos vem enfrentando dificuldades financeiras há algum tempo, devido a uma combinação de fatores, como a pandemia de covid-19, que desestruturou a cadeia de suprimentos. 

Se “ajeitando” com a Shein

Há um ano, a Shein fez uma parceria estratégica com a Coteminas. O acordo aconteceu em meio a debates entre o governo federal e as gigantes do varejo chinês.

Em geral, o acordo prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da empresa passem a ser fornecedores da Shein para atender os mercados doméstico e da América Latina.

A parceria também abrange o financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar.

Porém, mesmo seis meses após o acordo entre Coteminas e Shein, os avanços foram mínimos e não se refletiram em uma melhora dos negócios de ambas as empresas.

Fonte: SeuDinheiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *