Edgar Cervantes / Autoridade Android
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- O Google registrou uma marca registrada para a tecnologia RealFill.
- A tecnologia permitirá aos usuários expandir imagens com base em até cinco imagens de referência.
- Isso deve resultar em uma expansão de imagem mais precisa em comparação com outras soluções.
O Google tem promovido agressivamente a IA generativa nos últimos 18 meses, sendo o recurso Magic Editor uma das demonstrações mais proeminentes da tecnologia. Agora, parece que o próximo grande recurso de fotos habilitado para IA da empresa poderia ser o RealFill.
O Google registrou discretamente uma marca registrada para a chamada tecnologia RealFill na semana passada. A marca foi registrada através do Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) e do Escritório de Patentes e Comércio dos EUA (USPTO).
“Fornecimento de software não baixável usando inteligência artificial (IA) para pintura de imagens; Fornecimento de software online não baixável para a criação de modelos generativos”, diz uma breve descrição da marca registrada.
RealFill
Acontece que a tecnologia RealFill realmente apareceu no final do ano passado em um artigo e site de uma equipe de pesquisadores do Google e da Universidade Cornell. O artigo, intitulado “Geração baseada em referência para conclusão de imagem autêntica”, descreve uma maneira de expandir e pintar imagens com mais precisão.
Mais especificamente, o RealFill é capaz de expandir e pintar com mais precisão uma imagem existente usando até cinco imagens como referência:
Essas imagens de referência não precisam estar alinhadas com a imagem alvo e podem ser obtidas com pontos de vista, condições de iluminação, aberturas de câmera ou estilos de imagem drasticamente variados.
A equipe primeiro ajusta um modelo de IA generativo personalizado nas imagens de referência e de destino. Esse processo permite que o modelo aprenda a iluminação, o estilo e o conteúdo da cena nas imagens.
Os resultados, no entanto, falam por si, como visto acima e abaixo. As imagens abaixo também mostram como as imagens RealFill se comparam a outras soluções, como Stable Diffusion.
Ao dizer isso, a equipe notou algumas limitações no RealFill. Uma desvantagem notável é que ele precisa passar por um “processo de ajuste fino baseado em gradiente” nas imagens de entrada, o que torna o processo lento. Também pode ser difícil recuperar a cena na imagem final se houver uma grande diferença entre as imagens de referência e a imagem alvo. Além disso, os pesquisadores descobriram que o texto pode ser um problema ao usar esta técnica.
Veremos isso no Pixel 9 ou no Google Fotos?
Patentes ou marcas registradas não são garantia de que o RealFill será uma realidade comercial. No entanto, é lógico que isso poderia acontecer em um futuro telefone da série Pixel e/ou no Google Fotos, se realmente estiver planejado para um lançamento comercial.
Acreditamos que provavelmente seria um recurso baseado em nuvem, em vez de uma opção de edição de fotos no dispositivo, especialmente porque a equipe observou que o processo de ajuste fino é lento.
As soluções atuais de expansão e pintura de fotos estão longe de ser perfeitas, portanto, uma solução que usa imagens de referência ainda pode gerar resultados muito melhores. Isso também significa que os usuários poderiam, teoricamente, voltar aos instantâneos antigos em sua biblioteca do Google Fotos e gerar imagens melhores.
De qualquer forma, esse recurso provavelmente levantará mais questões sobre a definição de uma foto, assim como o Magic Editor do Google gerou um debate sobre o assunto.
