O ex-deputado federal e ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo-PR) anunciou, nesta sexta-feira (3), que não vai disputar a eleição para a prefeitura de Curitiba (PR), em outubro deste ano.
O anúncio foi feito apenas três dias depois de o ex-parlamentar ter se reunido com o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), que havia convidado Deltan para compor sua chapa. O ex-deputado rechaçou o convite para ser candidato a vice e disse que não disputará o pleito.
“Essa decisão foi tomada depois de muita oração e de muita reflexão. Eu recebo com muita honra o apoio dos curitibanos, que me colocaram à frente nas pesquisas”, afirmou Deltan, em vídeo publicado em suas redes sociais.
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“Eu sinto que a minha missão, neste momento, vai além de Curitiba e eu posso contribuir, de forma mais ampla, para a renovação política, ajudando formar e a eleger bons candidatos Brasil afora. A minha jornada e a minha vida nunca foram motivadas pela busca do melhor cargo, mas, sim, por amar e servir com excelência as pessoas”, explicou o ex-deputado.
“Agradeço imensamente pelo apoio que recebi como pré-candidato em Curitiba. Ver tantos corações e mentes alinhados com o meu em amar e servir reforçou minha determinação e minha esperança. Quero que saibam que não estou me afastando da luta. Estou escolhendo lutar em uma frente mais ampla e desafiadora e, para isso, eu sigo contando com o apoio de todos vocês”, concluiu Deltan.
Cassado em 2023
Em maio do ano passado, Deltan Dallagnol teve seu mandato de deputado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa. Na ocasião, a corte entendeu que o então parlamentar havia deixado o Ministério Público Federal (MPF) para se livrar de eventuais punições.
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Os ministros do TSE, por unanimidade, concluíram que Dallagnol teria pedido exoneração do cargo de procurador da República enquanto ainda estavam pendentes análises de reclamações disciplinares, sindicâncias, pedidos de providências e Processo Administrativo Disciplinar (PAD) abertos contra ele no MPF.
A decisão do TSE, no entanto, gerou dúvidas sobre a elegibilidade de Deltan para o pleito de 2024. O ex-deputado cogitou concorrer, mesmo tendo sido cassado no ano passado.
Deltan pretende intensificar viagens pelo Brasil, com o objetivo de atrair novas lideranças para o Partido Novo. O ex-deputado esteve recentemente em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Amazonas, Pernambuco e Ceará, além do próprio Paraná.
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Fonte: InfoMoney