Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL) no cenário internacional, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, saiu em defesa do ex-presidente brasileiro poucos dias antes de ele se hospedar por duas noites na embaixada húngara em Brasília.

Segundo reportagem publicada pelo jornal The New York Times nesta segunda-feira (25), Bolsonaro chegou à embaixada da Hungria na noite de 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, e permaneceu no local até a tarde do dia 14, Quarta-Feira de Cinzas.

O episódio ocorreu após Bolsonaro ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022 – nas quais o então presidente foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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No mesmo dia da operação, em 8 de fevereiro, Orbán publicou uma mensagem de apoio a Bolsonaro nas redes sociais. “Um patriota honesto. Continue lutando, senhor presidente”, escreveu o líder húngaro, que comanda um regime autoritário e é acusado de “ditador” pela oposição e por diversos grupos em defesa dos direitos humanos.

Afinidade política

O premiê da Hungria foi um dos chefes de Estado que estiveram presentes na posse de Bolsonaro como presidente do Brasil, em janeiro de 2019. Orbán é considerado um dos expoentes da extrema-direita em nível global.

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro e Orbán tiveram um novo encontro, na posse do ultraliberal Javier Milei como presidente da Argentina, em Buenos Aires.

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Viktor Orbán governa a Hungria há quase uma década e meia, desde 2010. Antes disso, o primeiro-ministro comandou o país entre 1998 e 2002. Desde 1993, ele é presidente do partido nacionalista conservador Fidesz (com uma breve interrupção entre 2000 e 2003).

Orbán defende um regime que classifica como “democracia iliberal” e cita como exemplos os governos de China, Rússia, Índia, Cingapura e Turquia. Ele tem boa relação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin (eleito, na semana passada, para o sexto mandato consecutivo e que governa o país desde 1999), e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Fonte: InfoMoney

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